As extrassístoles são uma das queixas mais comuns nos consultórios de cardiologia, nas unidades de terapia intensiva (UTI) e nos prontos-socorros. Embora sejam frequentemente benignas, muitas pessoas ficam assustadas com a sensação de batimentos cardíacos fora do ritmo. Neste artigo, vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre extrassístoles em sete passos.
1. O que são extrassístoles? Elas são perigosas?
Extrassístoles são batimentos adicionais do coração que surgem fora do ritmo normal. O termo “sístole” refere-se à contração do coração, e “extra” indica que ocorre uma contração a mais.
Durante uma extrassístole, o coração bate antes do tempo esperado, seguido por uma pausa compensatória, que é um intervalo maior até o próximo batimento normal. Essa sensação pode ser percebida como um “pulo” no peito.
Perigosidade:
- Na maioria dos casos, especialmente em jovens e pessoas saudáveis, as extrassístoles são benignas.
- Quando frequentes („>5-10% dos batimentos“), podem levar a disfunção cardíaca.
- Podem indicar problemas subjacentes, como doença arterial coronariana ou miocardiopatias.
2. Possíveis sintomas de extrassístoles
- Palpitação no peito
- Sensacão de coração acelerado ou de batimento parado
- Batida forte no pescoço ou nos ouvidos
- Tontura ou leve mal-estar
- Náusea
- Dor no peito
Importante: Muitos pacientes podem ser assintomáticos ou apresentar sintomas inespecíficos que confundem com outros problemas de saúde.
3. Como desconfiar de extrassístoles?
- Palpando o pulso (braço ou pescoço)
- Sentindo batimentos irregulares no peito
- Relatos de terceiros (por exemplo, o cônjuge sentindo batimentos fora do ritmo)
- Relógios inteligentes e aparelhos de pressão automáticos, que indicam frequência cardíaca irregular
- Mudanças rápidas e inexplicáveis na frequência cardíaca
4. Fatores que aumentam o risco de extrassístoles
- Insuficiência cardíaca
- Hipertrofia ou dilatação do coração
- Doença arterial coronariana
- Hipertensão arterial
- Diabetes mellitus
- Obesidade
- Apneia do sono
- Uso de diuréticos (que alteram potássio e magnésio)
- Consumo excessivo de cafeína, energéticos e álcool
- Tabagismo
Mesmo pessoas saudáveis podem apresentar extrassístoles por alterações no sistema de condução elétrica do coração.
5. Quais os perigos das extrassístoles?
- Indicação de doenças: Problemas no coração, rins ou alterações laboratoriais podem gerar extrassístoles.
- Em excesso: Se mais de 10-20% dos batimentos forem extrassístoles, pode ocorrer insuficiência cardíaca.
- Arritmias graves: Embora raro, extrassístoles podem preceder arritmias potencialmente fatais.
Felizmente: Na maioria dos casos (especialmente em jovens e adultos sem comorbidades), são eventos benignos e sem impacto na expectativa de vida.
6. Como diagnosticar extrassístoles?
- Consulta médica com exame físico detalhado
- Eletrocardiograma (ECG)
- Holter de 24 horas (monitoramento contínuo)
- Teste ergométrico (teste de esteira)
- Ressonância magnética do coração (em casos específicos)
- Smartwatches modernos com ECG podem ajudar na identificação
Exames complementares: Avaliação de eletrólitos como potássio, magnésio, cálcio e sódio é essencial para excluir causas corrigíveis.
7. Como tratar extrassístoles?
O tratamento depende da gravidade, sintomas e da presença de doenças associadas:
- Casos leves: Reassurança, orientação e acompanhamento clínico.
- Correção de fatores desencadeantes: Controle de pressão arterial, diabetes, apneia do sono, etc.
- Suplementação de magnésio oral: Estudos mostram redução de sintomas mesmo em pacientes com magnésio normal no sangue.
- Medicamentos: Betabloqueadores ou antiarrítmicos em casos de sintomas intensos ou alta carga de extrassístoles.
- Ablação: Procedimento que elimina o foco da extrassístole no coração, altamente eficaz e seguro em casos selecionados.
Considerações finais
Apesar de assustadoras para quem sente, extrassístoles na maioria das vezes não representam um risco grave. A avaliação adequada é fundamental para diferenciar situações benignas das que exigem tratamento. Não se automedique, procure orientação profissional.
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Procurar avaliação médica se você tiver algum sintoma é importante para identificar a causa subjacente, receber o tratamento adequado, prevenir complicações e melhorar a sua qualidade de vida.
O seu bem-estar e saúde são minha prioridade, e o Dr. Mozar pode ajudá-lo(a) a determinar a causa da sua dor no peito e prescrever o tratamento adequado.
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