Se você já sentiu o coração “pular uma batida”, uma palpitação inesperada ou um batimento diferente, pode ter experimentado uma extrassístole. Esse fenômeno é muito comum no dia a dia dos cardiologistas e, embora possa assustar, nem sempre é sinal de algo grave. Vamos abordar neste artigo cinco perguntas fundamentais sobre o tema.
1. O que são extrassístoles?
Extrassístoles são contrações cardíacas prematuras, ou seja, batimentos que ocorrem antes do ritmo normal do coração. Elas resultam em uma pausa e, em seguida, um batimento mais forte, o que gera uma sensação estranha no peito ou no pescoço.
Importante:
- São alterações da parte elétrica do coração.
- Na maioria dos casos, aparecem em corações saudáveis e são benignas.
- Podem causar desconforto, ansiedade e medo.
2. O que pode causar extrassístoles?
Diversos fatores podem influenciar o surgimento de extrassístoles:
- Emocionais: estresse, ansiedade e depressão.
- Alimentação: consumo excessivo de cafeína, bebidas energéticas, álcool e alimentos pesados.
- Hábitos de vida: tabagismo, privacão de sono, apneia do sono.
- Distúrbios metabólicos: desequilíbrio de sódio, potássio, cálcio ou magnésio.
- Problemas de saúde: gastrite, doenças intestinais, problemas renais, tireoidianos e cardiopatias.
- Medicamentos: alguns remédios também podem desencadear extrassístoles.
3. Quando se preocupar com extrassístoles?
Embora sejam geralmente inofensivas, alguns sinais exigem investigação médica:
- Presença de doença cardíaca associada (detectada em exames como ecocardiograma, tomografia ou ressonância).
- Sintomas importantes: desmaios, dor no peito, tontura intensa, queda de pressão ou limitação para exercícios.
- Alta carga de extrassístoles: identificada no Holter 24h (acima de 10-20% dos batimentos totais).
- Tipo de extrassístole: algumas formas (ventriculares, bigeminismo, trigeminismo) são mais preocupantes.
- Comportamento no esforço: aumento de extrassístoles durante o teste ergométrico pode indicar maior risco.
4. Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico e por meio de exames:
- Holter 24 horas: monitoriza batimentos ao longo do dia.
- Eletrocardiograma (ECG): identifica batimentos anormais no momento do exame.
- Ecocardiograma: avalia a estrutura e função do coração.
- Teste ergométrico (teste de esteira): observa o comportamento das extrassístoles com o esforço.
- Exames de sangue: avaliam eletrólitos e doenças associadas.
- Ressonância cardíaca: detecta fibroses e alterações estruturais (especialmente após COVID-19 ou infarto).
- Estudo eletrofisiológico: para casos complexos, localiza o ponto da arritmia.
5. Quais são as opções de tratamento?
O tratamento das extrassístoles depende do impacto clínico:
Mudanças no estilo de vida:
- Reduzir álcool e cafeína.
- Parar de fumar.
- Tratar distúrbios de sono (ex: apneia).
- Melhorar a saúde mental.
- Praticar atividade física regular.
- Manter peso adequado, focando na redução da gordura abdominal.
Tratamento de doenças associadas:
- Controle rigoroso de hipertensão, diabetes, problemas renais e tireoidianos.
Medicações:
- Betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio.
- Antiarrítmicos específicos.
- Suplementação de magnésio oral.
Procedimentos:
- Ablação: em casos graves, a eliminação do foco da extrassístole resolve definitivamente a arritmia, com alto índice de sucesso.
Considerações finais
As extrassístoles são muito comuns e, na maioria das vezes, benignas. No entanto, sintomas importantes ou alterações nos exames devem ser investigados com atenção.
Cuidar do estilo de vida é fundamental, e a abordagem individualizada para cada paciente é essencial para garantir saúde cardíaca plena.
Agende uma consulta:
Procurar avaliação médica se você tiver algum sintoma é importante para identificar a causa subjacente, receber o tratamento adequado, prevenir complicações e melhorar a sua qualidade de vida.
O seu bem-estar e saúde são minha prioridade, e o Dr. Mozar pode ajudá-lo(a) a determinar a causa da sua dor no peito e prescrever o tratamento adequado.
Entre em contato para agendar a sua consulta.