Estimulantes Sexuais: Use com Cuidado para o Coração e a Potência Sexual

Estimulantes Sexuais: Use com Cuidado para o Coração e a Potência Sexual

Será que você pode ou deve usar estimulantes sexuais para melhorar a sua performance? O Dr. Mozar Suzigan, cardiologista, aborda essa questão crucial no vídeo “TADALAFILA SEMPRE? Cuidado com o Coração e Impotência!” do seu canal no YouTube. Neste artigo, vamos explorar os principais pontos levantados pelo médico sobre o uso dessas medicações, os riscos envolvidos e a importante conexão com a saúde do seu coração.

A Surpreendente Ligação entre Disfunção Erétil e Doenças Cardíacas

Você sabia que mais de 50% dos homens entre 40 e 70 anos podem apresentar algum grau de disfunção sexual? Essa é uma estatística relevante que nos faz refletir sobre a frequência com que muitos homens recorrem a estimulantes sexuais para obter ou manter a ereção durante a relação sexual.

No entanto, o Dr. Mozar Suzigan faz um alerta importante: homens com disfunção erétil têm um risco maior de desenvolver doenças cardíacas. A explicação para essa relação reside na saúde dos vasos sanguíneos. O pênis necessita de um bom fluxo sanguíneo para a ereção. Dificuldades nesse processo podem ser um sinal precoce de má circulação ou de um coração não saudável, indicando um risco aumentado de futuros problemas cardíacos. Dados apontam que pacientes com disfunção erétil têm 50% mais risco de morrer por causas cardíacas, 55% mais risco de sofrer um infarto e 36% mais risco de ter um AVC. Por isso, a queixa de problemas de ereção em consultório médico exige uma atenção redobrada na investigação dos fatores de risco e da saúde cardiovascular do paciente.

A Atividade Sexual como Esforço Físico para Cardiopatas

É fundamental entender que a atividade sexual impõe um certo estresse ao nosso coração, comparável a subir rapidamente dois lances de escada. Para muitos, esse esforço pode ser significativo. Pacientes com disfunção erétil, ao utilizarem estimulantes para ter relações, podem estar se expondo a um esforço físico considerável sem a devida avaliação prévia da saúde cardíaca. O problema não é necessariamente o remédio em si, mas o esforço da atividade sexual facilitada por ele.

A História e o Funcionamento dos Estimulantes Sexuais

O sildenafil (Viagra) foi inicialmente pesquisado como um tratamento para problemas nas artérias do coração (angina), mas demonstrou efeitos notáveis na ereção. Em 1998, foi aprovado nos Estados Unidos para tratar a disfunção erétil, seguido por outras medicações como tadalafil (Cialis) e levitra em 2003. Esses medicamentos atuam de maneira semelhante, promovendo a dilatação dos vasos sanguíneos, incluindo os do pênis, facilitando a ereção. A eficácia pode variar dependendo do paciente, sendo, por exemplo, menos efetiva em diabéticos. Doses mais altas podem aumentar o resultado, mas também elevam o risco de efeitos colaterais.

Segurança e Riscos Cardíacos: O Que Você Precisa Saber

Nos primeiros anos após o lançamento do Viagra, houve grande preocupação com a segurança cardíaca desses medicamentos. No entanto, estudos comprovaram que, para a maioria dos homens com doenças cardíacas estáveis, essas medicações são seguras. Estabilidade significa que o paciente não está apresentando angina, a pressão arterial está controlada e não há arritmias. Pacientes com doenças cardíacas controladas, como insuficiência cardíaca ou doença nas coronárias, podem usar esses remédios com segurança.

Contudo, existem contraindicações importantes. Pacientes que utilizam medicamentos da classe dos nitratos para tratar insuficiência cardíaca, pressão alta ou angina não podem usar medicações para disfunção erétil. É crucial ressaltar que cada caso deve ser avaliado individualmente por um médico. A precaução é fundamental, especialmente para homens com histórico de infarto, insuficiência cardíaca, AVC, arritmias graves, angina ou pressão arterial mal controlada.

Outros Efeitos Colaterais e Riscos Importantes

Além dos riscos cardíacos em pacientes não avaliados, os estimulantes sexuais podem causar outros efeitos colaterais, especialmente com doses mais altas e uso frequente. Os mais comuns incluem dor de cabeça, vermelhidão no rosto e nariz entupido. Também podem ocorrer alterações na visão, como visão azulada ou turva.

A interação com outros medicamentos, como os para pressão arterial, pode levar a quedas significativas da pressão, causando tontura, desmaio e mal-estar. Existe também o risco de priapismo, uma ereção prolongada e dolorosa que necessita de intervenção médica.

O uso recreativo desses medicamentos, principalmente por jovens, pode gerar dependência psicológica para conseguir a ereção, levando a problemas de saúde e de relacionamento. Alguns estudos sugerem que esses remédios podem piorar a apneia do sono. Problemas gastrointestinais, como gastrite e refluxo, e dores no corpo também podem ser relatados. Tonturas, embora mais raras, também podem ocorrer.

Dose Certa e Precauções Essenciais

A dose inicial recomendada costuma ser mais baixa, especialmente para idosos e indivíduos com doenças preexistentes (cardíacas, renais ou hepáticas). A dose pode ser ajustada conforme a resposta do paciente. É fundamental evitar o consumo de álcool antes de tomar esses medicamentos, pois pode potencializar os efeitos colaterais e riscos.

Em Resumo:

  • Pacientes com problemas cardíacos têm maior risco de disfunção erétil, e vice-versa.
  • A disfunção erétil pode ser um sinal precoce de doença cardíaca.
  • A atividade sexual representa um esforço físico que deve ser considerado, especialmente por cardiopatas.
  • As medicações para disfunção erétil podem ser seguras para pacientes cardíacos estáveis, mas exigem avaliação médica prévia.
  • A combinação com nitratos é perigosa e contraindicada.
  • Existem diversos efeitos colaterais e riscos associados ao uso desses medicamentos.
  • A avaliação com cardiologista e urologista é crucial para diagnosticar as causas da disfunção erétil e garantir o uso seguro dessas medicações.

Lembre-se, a saúde é o seu bem mais precioso. Busque sempre orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento, especialmente se você tiver alguma condição de saúde preexistente.

Para mais informações sobre saúde e cardiologia, inscreva-se no canal do Dr. Mozar Suzigan.