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Metformina: Tudo o Que Você Precisa Saber Sobre o Remédio Mais Usado no Controle do Diabetes
Você já ouviu falar da metformina? Sabe se ela ainda é a melhor opção para controlar o açúcar no sangue? A verdade é que, apesar de antiga, a metformina continua sendo um dos pilares no tratamento do diabetes tipo 2 e do pré-diabetes. Mas será que você sabe tudo o que precisa sobre esse remédio?
Neste artigo, vamos explicar de forma clara e didática tudo que você precisa entender sobre a metformina: para que serve, como funciona, como usar corretamente, seus principais benefícios, efeitos colaterais, cuidados especiais e até os mitos mais comuns.
O que é a metformina e como ela age?
A metformina está no mercado desde os anos 1950 e é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos medicamentos essenciais. Isso porque ela é eficaz, segura, de baixo custo e amplamente estudada. Seu uso vai muito além do diabetes: ela também pode ser indicada para síndrome dos ovários policísticos (SOP) e gordura no fígado.
Mecanismo de ação:
- Fígado: reduz a produção de glicose.
- Músculos e outras células: aumenta a captação de glicose, combatendo a resistência à insulina.
- Intestino: diminui a absorção de glicose dos alimentos e influencia positivamente a microbiota intestinal.
- Pâncreas: não estimula a produção de insulina — por isso, o risco de hipoglicemia é muito baixo.
Importante: seus efeitos são potencializados quando associados a uma alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e controle do peso, especialmente da gordura abdominal.
Doses e Formas de Uso
O tratamento geralmente começa com doses baixas (500 mg, 1 a 3 vezes ao dia), ajustadas conforme a resposta e tolerância do paciente. A dose máxima costuma ser de 2000 mg/dia. Existem duas apresentações principais:
- Liberação imediata (comprimido comum)
- Liberação prolongada (XR/ER): melhor tolerada por quem tem efeitos colaterais gastrointestinais.
Benefícios Comprovados
- Controle eficaz da glicemia
- Redução de complicações cardiovasculares, como infarto
- Retarda a progressão do pré-diabetes para diabetes
- Baixíssimo risco de hipoglicemia quando usada isoladamente
Efeitos Colaterais
Mais comuns:
- Náuseas, vômitos, gases, diarreia, gosto metálico na boca
Estratégias para minimizar:
- Início com doses pequenas
- Tomar com as refeições
- Preferência por formulações de liberação prolongada
Mais raro, mas importante:
- Deficiência de vitamina B12, que pode causar anemia, formigamentos, perda de memória e alterações neurológicas. Por isso, é essencial dosar a B12 periodicamente.
Quem NÃO deve usar metformina?
- Pacientes com insuficiência renal, hepática ou cardíaca graves
- Pessoas com alcoolismo crônico
- Pacientes internados por doenças graves (ex: UTI)
- Quem já teve reação alérgica grave ao medicamento
Cuidados Especiais
- Exames com contraste iodado (tomografia, cateterismo): suspender a metformina temporariamente
- Cirurgias: suspender 24 a 48 horas antes
- Doenças graves ou internações: avaliar necessidade de suspensão
- Monitoramento da função renal e vitamina B12
Mitos sobre a Metformina
- “Metformina emagrece” – Pode levar a perda de peso discreta, mas não é seu objetivo.
- “Causa muita hipoglicemia” – Falso. O risco é muito baixo.
- “Prejudica os rins” – Falso. Só há risco se os rins já estiverem muito comprometidos.
- “Precisa suspender para qualquer exame” – Não. Apenas para exames com contraste iodado.
Considerações Finais
A metformina continua sendo uma excelente opção, mas não é suficiente para todos os casos. O diabetes tipo 2 pode progredir, e talvez seja necessário associar outros medicamentos. É essencial monitorar regularmente a glicose, a hemoglobina glicada e a função renal.
Além disso, cuidar do estilo de vida continua sendo fundamental:
- Alimentação saudável
- Atividade física regular
- Controle do peso e da gordura abdominal
Se você tem diabetes, pré-diabetes ou histórico familiar dessas condições, converse com seu médico e faça acompanhamento regular.
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